O SEO existe desde meados dos anos 90 e tem evoluído desde então. O objetivo é a melhoria de visibilidade que o seu site ou blog tem no ranking de uma pesquisa.

Embora os algoritmos dos motores de busca tenham alguma inteligência, é preferível ajustar alguns parâmetros para que as suas páginas sejam encontradas mais facilmente. Para vos ajudar, vamos falar sobre a construção de URL, as meta tags que devem ser aplicadas e as que são irrelevantes e as meta tags para partilha de informação em redes sociais.

Hoje em dia já não existem táticas que permitam, de forma simples, aumentar o ranking nas pesquisas. A única “técnica” infalível é escrever bom conteúdo para os utilizadores. Devem, no entanto, ter algumas considerações quando estão a criar um site ou um blog para aproveitarem ao máximo o vosso conteúdo e para que o vosso site seja encontrado mais facilmente.

  1. Criação de endereços URL semânticos
  2. As tags importantes e as irrelevantes
  3. As tags das redes sociais
  4. Análise de SEO e acompanhamento

1. Criação de endereços URL semânticos

Com a atual proliferação de CMS, sistemas de Blogs e frameworks é relativamente simples criar endereços semânticos.

Um endereço URL semântico é representado por http://dominio.tld/categoria/subcategoria/url-do-meu-artigo enquanto o equivalente endereço URL não semântico é http://dominio.tld/index.php?cat=1&subcat=3$article=4.

Existem várias vantagens em usar endereços semânticos ou endereços amigáveis, como também são chamados.

  • O endereço URL semântico é legível e perceptível. Os utilizadores sabem onde estão e o que esperam ler.
  • A tecnologia usada não é visível no endereço (notem a falta do index.php).
  • Usando um endereço semântico, é possível alterar a estrutura de código e base de dados sem a necessidade de alterar o endereço.

    Ao contrário dos endereços não semânticos, o endereço não corresponde a uma página nem a um ficheiro físico. Normalmente estes endereços correspondem a uma rota (route, em inglês) que recebe um conjunto de parâmetros normalmente existentes numa base de dados e devolvem o conteúdo correspondente ao endereço.

  • As pesquisas têm em conta as palavras do endereço URL.

No endereço, o segmento que descreve o artigo ou página (no exemplo, url-do-meu-artigo) é chamado o slug. Existem algumas normas e boas práticas que devem ser cumpridas no momento de escolher um slug:

  • Quanto mais pequeno, melhor. Criem uma frase que identifique o artigo (ou usem o título) e removam os “a”, “de”, “e” e letras semelhantes. Lembrem-se, no entanto, que o slug deve fazer sentido para quem o lê.

    Por exemplo as-melhores-praticas-para-um-bom-seo pode converter-se em melhores-praticas-para-seo. Em caso de dúvida, é preferível deixar os slugs legíveis mesmo que sejam maiores.

  • Remover pontuação, acentuação e espaços. Os acentos devem ser convertidos em letras não acentuadas e os espaços devem ser convertidos em hífens (-).

  • Colocar todas as palavras em minúsculas. Embora seja possível usar maiúsculas, é prática corrente colocar tudo em minúsculas para o endereço ficar mais legível.

2. As tags importantes e as irrelevantes

Há uns anos era comum ver imensas tags dentro do . Embora continuem a existir bastantes tags, grande parte das que se usavam no passado caíram agora em desuso incluindo algumas que eram tidas como fatores de ranking.

Deixo uma lista das tags que continuam a ser relevantes:

  • <meta name='description' content='descrição da página'>

    Representa a descrição que será apresentada quando o vosso site ou blog é apresentado num resultado da pesquisa.

    Convém que esta descrição represente o artigo ou a informação descrita na página (caso contrário podem acabar com uma alta taxa de rejeição). Convém também que esta descrição tenha um máximo de 150 caracteres para ser totalmente apresentada no resultado da pesquisa. Notem que a Google não usa esta tag para o ranking

  • <title>Titulo da página</title>

    Não é uma meta tag mas continua a ser importante atribuir um título para cada página e é relevante para o ranking da pesquisa. Deve ser único por página, conter as palavras que representam o tema do artigo e não deve exceder entre 50 a 60 caracteres para que seja totalmente apresentado na pesquisa. Vejam este post no moz.com (em inglês) para mais informações acerca desta tag.

Uma das meta tags mais usadas no passado era a <meta name="keywords" content='varias, palavras' />. Desde 2009 que a Google indicou que esta meta tag não é usada para o ranking. Além disto, o Bing trata as keywords como fator negativo.

Outras meta tags comuns são a author e reply-to, que também não têm qualquer efeito para SEO.

3. As tags das redes sociais

Ao mesmo tempo que são descartadas certas tags são apresentadas outras tantas. É um facto que as redes sociais vieram para ficar e até têm destaque no Google Analytics.

Para melhorar o conteúdo que os vossos utilizadores partilham nas redes sociais, existem um conjunto de tags que podem e devem ser usadas. E, como não podia deixar de ser, cada rede social tem as suas peculiaridades. Fica aqui uma lista das tags a ser usada para suportar o Google+, Twitter e Facebook.

<html itemscope itemtype="https://schema.org/Article" prefix="og: https://ogp.me/ns# article: https://ogp.me/ns/article#">
<head>

<!-- Tags para o Google+ -->
<meta itemprop="name" content="Titulo do artigo">
<meta itemprop="description" content="Descrição do conteúdo partilhado">
<meta itemprop="image" content="http://www.dominio.tld/imagem.png">

<!-- Tags para o Twitter-->
<!-- Tipo de conteúdo partilhado - obrigatório -->
<meta name="twitter:card" content="summary">
<!-- Nome de utilizador do Twitter - obrigatório -->
<meta name="twitter:site" content="@geekalicious">
<!-- Título do artigo. Acima de 70 caracteres será truncado - obrigatório -->
<meta name="twitter:title" content="Titulo do artigo">
<!-- Descrição do conteúdo partilhado. Acima de 200 caracteres é truncado - obrigatório -->
<meta name="twitter:description" content="Descrição do conteúdo partilhado">
<!-- Endereço da imagem. No mínimo 120px * 120px -->
<meta name="twitter:image:src" content="http://dominio.tld/imagem.png">

<!-- Tags do Open Graph / Facebook -->
<!-- URL canonico / permalink. O endereço que identifica a página -->
<meta property="og:url" content="http://www.dominio.tld/categoria/subcategoria/url-do-meu-artigo" />
<!-- Titulo da partilha -->
<meta property="og:title" content="Título do artigo" />
<!-- Nome do site de origem da partilha -->
<meta property="og:site_name" content="Nome do site" />
<!-- Indica o tipo de conteúdo que está a ser partilhado (lista completa: https://ogp.me/#types) -->
<meta property="og:type" content="article" />
<!-- Linguagem do conteúdo partilhado -->
<meta property="og:locale" content="pt_PT">

<!-- Descrição do conteúdo partilhado -->
<meta property="og:description" content="Descrição da partilha" />
<!-- Data e hora da criação do conteúdo. Deve ter o formato correto -->
<meta property="article:published_time" content="2015-02-12T22:02:00+00:00" />

<!-- Nome do autor do artigo -->
<meta property="article:author" content="Geeks" />
<!-- Categoria do artigo -->
<meta property="article:section" content="Categoria" />
<!-- Tags do artigo. Uma linha por cada tag (é traduzido num array) -->
<meta property="article:tag" content="SEO" />
<meta property="article:tag" content="Optimização" />

<!-- Endereço da imagem. No mínimo 200px * 200px -->
<meta property="og:image" content="http://dominio.tld/imagem.png" />
<!-- Endereço seguro para a imagem. Caso não exista, removam a tag -->
<meta property="og:image:secure_url" content="https://dominio.tld/imagem.png">
<!-- Largura da imagem. Deverá ser superior a 200px -->
<meta property="og:image:width" content="370">
<!-- Altura da imagem. Deverá ser superior a 200px -->
<meta property="og:image:height" content="250">

</head>

O Open Graph é usado principalmente pelo Facebook. No entanto, se não usarem as metas das outras redes sociais, o mais provável é essas redes sociais usarem também o Open Graph, como é o caso do Google+ e do Twitter. O LinkedIn também usa o Open Graph para além de outras formas de partilha.

Endereços úteis:

4. Análise de SEO e acompanhamento

Se já seguiram todos estes passos estão no caminho certo. Resta agora associarem o site ao Google Webmaster Tools e ao Google Analytics. Além disso é importante, nas semanas seguintes a terem um site online, fazerem uma pesquisa no Google por site:omeusite.pt para perceberem quais são as páginas e os endereços já indexados.

Pode ser necessário, nesta fase, usar o .htaccess ou web.config para ajustar os endereços (remover o www, remover o index.php) para que cada página fique identificada apenas por um único endereço e evitar conteúdo duplicado.

Podem usar algumas ferramentas para testar o comportamento do vosso site perante algumas palavras-chave. Basta introduzirem o domínio e as palavras-chave (em algumas ferramentas até podem introduzir o endereço da vossa concorrência, para comparação) e o software mostra se o vosso site é apresentado perante pesquisas por essas palavras-chave e, em caso afirmativo, qual o ranking.

Algumas ferramentas:

E então, como está o vosso SEO?

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